quarta-feira, 4 de julho de 2012

Corrida de São João do Clube Bela Vista - Na parceria com Márcia e etc.




Se há uma marca nas corridas, uma delas é a parceria, em tempos onde cada um fica no seu quadrado, nas corridas não, sinto que há uma disputada, mas que o objetivo em comum, geralmente a superação de tempos e-ou tirar colocações faz dos apaixonados por este esporte um grupo de corredores que facilmente se admira, puxa papo, dá abraço, entre este grupo poderia dizer a distância é apenas em km.

            Na última corrida que participei a 8ª Corrida Rústica do Cerene cheguei no final da prova peguei alguns copos de água + as tais frutas e me sentei do lado de uma mulher, logo ela me perguntou: E aí, como foi a prova, ví que tu chegou logo atrás de mim, corres a tempo? Engoli a maçã a tempo e contei das dificuldades desta prova e logo da minha história com o esporte, logo Márcia me perguntou: Tens com quem ir embora? Disse não! Ah eu te dou uma carona e ainda és minha convidada para a Corrida de São João do Clube Bela Vista em Gaspar. Meus olhos brilharam e já sentia-me no Bela, rs

            Chegando quinta-feira arrumei meu kit prova (bcaa´s, frutas, água), peguei um busão e fui, já no ônibus encontrei duas meninas, acho que uma de 13 e outra de 14 que treinam na Fundação de Blumenau, elas me viram perguntar para a cobradora me avisar quando chegaria no Clube e logo me perguntaram: Vais correr também? Disse sim, mas nunca vim, estou meio ansiosa, elas disseram, fica tranquila, me relataram o percurso, me ajudaram a entrar no clube, explicaram sobre o vestiário, etc.

            Logo dei de cara com Márcia e seu grupo de corredoras do Bela, disse ela: Chegou a minha convidada! Márcia me apresentou às suas amigas, rimos muito antes do tempo de aquecimento e ansiosa acerca do percurso fui com Márcia troteando 1 km da volta, super na parceria.

            Era chegada a hora, perguntávamos uma à outra: vamos na frente ou não, Márcia falou para a iniciante aqui, vai mais no cantinho! Bateu a buzina e dai cada um com suas pernas, a torcida (colegas que por algum motivo não estão correndo ou admiradores mesmo) nos relatavam enquanto passávamos sobre o número da volta que estávamos, incentivavam, super bom, no escuro da volta eu lembrava lá na frente tem água e torcida!

            Mas infelizmente tive um pequeno problema técnico nesta prova, comi algo que não me caiu bem ao estômago e podem imaginar com vontade de que corri as duas últimas provas, mesmo assim deu tempo pra fazer os 6 km em 31:00 min e pegar o primeiro lugar da categoria.
            Na maior gargalhada as gurias denominaram esta corrida de: Corrida Cagada, hauahuahauha e já combinávamos as próximas: Meia do Bela e Navegantes.

            Nunca tinha subido ao pódio, foi incrivelmente lindo ficar lá no alto, mas me sentia mais feliz por ter encontrado pessoas tão boas e prestativas que ao final novamente me perguntaram: Tens como ir embora? Novamente disse que não, iria de ônibus, Márcia foi enfática: Vais comigo!

            Essa foi a corrida da parceria, que venham outras, com pódio ou sem pódio, para mim o que importa é a saúde e relacionar-se faz parte do tal bem-estar biopsicossocial, correr de fone e ir embora não rola.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

8ª Corrida para Uma Vida Sem Drogas - Cerene - Blumenau




            No último domingo dia 24-06 participei da 8ª Corrida Rústica do Cerene – Blumenau (minha terceira prova), dias antes estava a pensar se participaria ou não do evento, afinal sentia meu corpo ainda estressado da meia de floripa, mas sabendo do objetivo do evento “Por uma Vida Sem Drogas” e pós 1 ano de abstinência da nicotina não tive dúvidas: Na sexta-feira baixei algumas música da Enya e passei meu lindo sábado na cama, sentia que precisava daquele momento, não tanto pelo estresse pós 10 km floripa, mas para rever minhas conquistas e o quanto a corrida me ajudou a largar desta nóia que era fumar.

            Saí de casa no domingo com uma leve dorzinha no joelho, afinal na quinta-feira anterior cometi o erro de deliberadamente sair correndo pela cidade (2 horas de longão), as dores já eram anteriores a prova e as broncas dos professores gigantescas, via pelos seus olhares e sentia que havia torturado o meu corpo, afinal penso não ter condicionamento para fazer um percurso tão longo como este e ainda almejar uma prova dois dias depois, MANCADA!!! Disse o professor André Luiz da Silva  “Ou você sai correndo e retorna o caminho ou não dá conta do primeiro quilômetro”.

            Tudo bem, na sexta-feira fiz um treinamento funcional e um pouco de braços de leve, mas saí da academia cabisbaixa, mas enfim, caminhava até a minha casa e pensava “sou iniciante e preciso aprender com os meus erros, agora o lucro era não lesionar e também completar a prova de um percurso que fazia questão de participar, não poderia falar”.

            Sábadozinho de leve, hipercompensação de carboidrato com uma boa pizza sem molho e queijo, cafezinho da manhã e bora pra tal da Itoupava Central, bairro mais distante de Blumenau que muitas cidades e municípios. Chegando por lá me surpreendia com a quantidade de INCLINAÇÕES, estrada de terra, buracos, britas, pensava: “Nada de paisagem pra hoje, o negócio é concentrar no trajeto que parecia e realmente foi tenso”.

            Bom, pela primeira vez decidi sair lá na frente, tava tomando a prova mais como um experimentar do que para ganhar qualquer premiação, e quantos aprendizados, nunca tinha dado pisadas em solo de terra com buracos, inclinações consideráveis, descidas que dale panturrilha pra não levar o da frente e me lembro de uma dorzinha no basso no percurso da Br foquei na respiração que a minha personal Talita Moretti passou  e no atleta Charles e fui: “Charles te alcanço” Ufaaaa tava correndo do lado do tal, ficou um pouco por aí pois havia gostado da leveza com que levava seu corpo e dei uma aproveitadinha para aprender algo com o atleta, passei Charles e dale morro.

            Chega O MORRO, mas bom com uma descida que me ventilava e girava meus pensamentos, novamente em um processo de auto reconhecimento que nunca havia me surgido nestes últimos anos, mas que agora com a prática da corrida têm se intensificado, mesmo com erros e metas não cumpridas, afinal queria ter cumprido o trajeto em menos de 40 min (7,5 km), mas foi 40 mesmo, mas simbora sem lamentações simbora aprender a cada passada, percurso, “Charles”, etc.

            Ao voltar para casa, exausta, tomei um banho rapidinho fui almoçar no local mais próximo e me pus a descansar até a segunda-feira, dentre esses descansos me veio um sonho onde o professor André Luiz da Silva me dava uma arma de presente, há tempos admirava tal professor e agora simbora treinar tiros e planilhas de corrida com o meu mais novo consultor, Meta = Completar uma meia maratona.
                

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dia Sim, Dia Off..


            
       Demorei a me acostumar com a importância do descanso para um bom rendimento esportivo, como também para a saúde do meu corpo, não adiantava me dizerem que “não se corre uma maratona por dia” eu precisava daquilo, corria “descabeçadamente” seja na esteira ou na rústica mesmo, não maratonas claro, mas pelo desgaste assemelha-se.

            Com os preparos para os 10 km da meia de Floripa e o desafio de conseguir completar a prova fui, uma semana de preparo, fui observar já no primeiro dia em um trajeto com inclinações e percurso de 12 km que meu corpo não aguentaria no dia próximo, foi aí que disse: “Amanhã não dá” e esta frase é digna do tão conhecido dia Off.

            Esses tais dias off de preparo pros 10 km foram uma experiência e tanto para mim que ando pela cidade de bike, vivo pra cima e pra baixo, mas a exaustão o fato de não estar acostumada com o volume do primeiro dia de treino me colocou deliberadamente de molho ou vindo enya e afins, tudo de bom!

            Descansei e o dia de treino chegara novamente, na noite anterior se bobeasse já tinha saído para uns 5 km, afinal além de gostar do esporte tinha que me condicionar a recuperação e aos tais depósitos de glicogênio, saindo da dieta aos poucos, comendo meio pedaço de pizza, sem molho, sem queijo, enfim.

            Mas sinceramente, sabe qual o problema do dia Off? No outro dia acabo por extrapolar o trajeto definido e novamente entro em exaustão, ontem mesmo com uma paradinha na chuvinha que cai por Blumenau – SC me debandei a correr 1:56, cheguei em casa exausta e ao contar aos meus professores (André Luiz da Silva e Talita Moretti) ouvi duas frases que hoje e amanhã vão me deixar off (afinal domingo têm a 8ª Corrida Rústica e Caminhada CERENE - Para uma Vida sem Drogas) “ou tu sai correndo ou não dá conta do primeiro quilômetro” frase muito bem escutada e que hoje me deixa deliberadamente no tal El dredon.

            Fiquei a pensar: “Realmente correr não é brincadeira, ou melhor, esporte não é recreação, a gente precisa aprender a controlar o corpo físico e mental, nossas ansiedades, limites, rotinas e DELIBERAMENTE: estudar-se e aproveitar os tais dias Off para estudo científico mesmo”.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Meia de Floripa



Costumo postar diariamente por aqui, mas dessa vez demorei a sentir as primeiras palavras do que foi participar dos 10 Km da Meia Maratona de Floripa, possivelmente esta demora de deve aos aprendizados incomensuráveis que tive com esta prova.

A meia foi a minha segunda prova, até então somente curtia uma esteira pós treino de hipertrofia e umas corridinhas de leve pelo parque ou pela cidade de Blumenau – SC nos finais de semana, mas após os 5 km da Blu 10 Km realizados na cidade de Blumenau me bateu uma vontade sem igual de repetir a sensação de passar pela cidade, ver as paisagens, deixar-se levar pela força do corpo, bah, não acreditava mas dei conta em um tempinho de iniciante mesmo, fiz o percurso em 28 min, mas isso pouco me importava, o que sentia era uma emoção advinda da torcidas, dos abraços de parabéns, da sensação de sentir o corpo como um todo, dos sentires inconscientes, enfim indescritível a única coisa que eu sabia era de que queria mais.

Pós 5 Km em Blumenau passei a pesquisar técnicas, artigos da área, agenda de corridas e logo me deparei com a meia de floripa, putz tinha o trajeto de 5 km eu já sabia que por condicionamento poderia participar, mas ao chegar na academia logo fui alertada “não 5 km não valem a pena, não passam pela ponte, tem que curtir o visual” pensei: “Ai jesus 10 km será que dou conta de condicionar em uma semana?” Fiquei me enrolando até que por incentivo de uma colega da academia e dos próprios professores me debandei a inscrever-me e treinar pelas ruas da cidade.

Em uma semana fiz um treino de 5 km na esteira, depois fui para 12 com inclinações e no penúltimo dia (quinta-feira) fiz 10 km com percurso oscilatório todos os longos levando em média uma 1:10, não estava satisfeita, estava satisfeita porque pelos treinos sabia que poderia dar conta dos 10 km embora correr em outra cidade, hospedar-se em outra casa, mudar alguns hábitos tragam algumas adaptações difíceis para uma iniciante como eu, fiz algumas manhas mas segui as orientações da nutricionista e da minha treinadora, dormir cedo, acordar cedo, alimentar-se bem e preocupar-se apenas comigo e com o visual que o continente propiciava.

Mesmo com todos esses preparos, damos uma atrasada pela manhã, todos foram correndo para aquecer e não perder a largada, fiquei bem para trás, ainda não sentia que me corpo queria correr e-ou aquecer, precisava apenas trotear e ir me sentindo, projetando-me correr.

Ao chegarmos no ponto de largada me perdi dos meus colegas de 10 km, tentei procura-los mas me lembrei de uma frase da minha treinadora “pega, coloca os teus fones, vai na tua e pegando o teu ritmo” eram seis mil pessoal e deu tempo para isso tudo, lá no 3 km já estava a correr, começando a sentir-se dando os tais pisões em floripa, pelos 5 km bah curti a paisagem e até fiz pose para fotinhos, mas ainda procurava os meus colegas, não achava, senti que isso me desconcentrava e então deixe-me levar pelo visual e o som que não pode faltar para embalar as passadas, “acho que não saio do lugar sem música”.
Pelo 7 km senti uma dorzinha no basso, dei uma controlada na respiração, fiquei com medo, mas de boa, consegui relaxar, suplementar e cada vez mais o piloto automático ia e apenas sentia emoções indescritíveis, mas que posso garantir inesquecíveis.

Poxa, não via os meus colegas, mas de repente escutei bora falta 1,5 km, soquei, passei pelos meus colegas que já corriam em ritmo menor devido a uma lesão na minha colega e com uma alegria sem tamanho superei meu tempo para 56 min em uma segunda prova e com o dobro de percurso, sensação sem igual, me contorcia a vibrar na chegada, gritava, queria apenas completar, mas curti o tempo que fiz, o visual, só não o bendito tênis que desamarrou na ponte, rs

Esses foram os 10 km da Meia de Floripa, muito aprendizado, adaptações ao lugar, a hospedagem, ao trajeto, volume de prova, enfim, floripa foi superar-se daqueles, e espero que venha outros.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Correr é como sonhar acordado!


            Sempre que sou indagada em relação ao prazer por correr, fico dando voltas e na verdade não consigo descrever exatamente o que sinto, ou talvez o que sinto somente um sujeito que pratique este esporte poderia responder.

            Sei que existem explicações fisiológicas para este prazer inexplicável, das quais propriamente não tenho conhecimento, contudo das relações psicológicas (minha área de estudo) posso falar com mais propriedade e acho que talvez as palavras se aproximem ao nível do entender, mas do sentir, bom, acho que só correndo mesmo.

            Quando você inicia um treino de corrida, mesmo com a tensão (principalmente em competições) tudo em seu corpo permanece em estado consciente, seus pensamentos ainda são anteriores ao que está acontecendo naquele momento, ainda tentas ir corrigindo passadas, as dores vão começando a aparecer e você as percebe, mas aos poucos até mesmo a música vira um tapa-ruídos, ela vais desligando ao ponto de tornar seus movimentos automáticos e todos os seus sentires tornam-se inconscientes.

            Penso que estes sentires inconscientes são o auge da corrida e o que almeja todo atleta ou corredor de rua como eu, deixar deligar é como um sono em movimento que quando você acorda ou falta muito ou o percurso está nos seus pés.

            Tenho ouvido críticas (principalmente da minha área) de algumas pessoas no sentido de relatarem que pessoas apaixonadas por corrida estariam fugindo de algo, que seja, mas se estiverem fugindo estão fazendo da maneira mais saudável possível, e não acho que deixar-se desligar, sonhar acordado seja sinônimo de fuga por sí mesmo, pelo contrário.

            Correr é como sonhar acordado, acho esta a explicação mais próxima que posso dar, mesmo sem troféus, com investimentos financeiros e psicossomáticos, sonhar-acordado-moovimentando-se é inexplicável. 


PARA ALÉM DISTO:

1. Coração: a corrida exige que o coração aumente o fluxo de sangue para todo o corpo. As fibras do músculo se fortalecem e a cavidade aumenta. Há uma hipertrofia excêntrica do miocárdio (alteração na parede e na cavidade do ventrículo esquerdo) melhorando a ejeção sanguínea. Desta forma o coração bombeia mais sangue com menos batidas, se tornando mais eficiente. Com o aumento da circulação sangüínea pelo corpo, cresce a entrada de oxigênio nos tecidos.

2. Pulmões: correr faz com que o volume de ar inspirado seja maior, aumentando a sua capacidade de respiração. Há também um aumento da quantidade de oxigênio absorvido do ar atmosférico.

3. Ossos: estimula a formação de massa óssea, aumentando a densidade óssea evitando problemas como a osteoporose.

4. Pressão arterial: correr estimula a vasodilatação, o que reduz a resistência para a circulação de sangue. Há trabalhos específicos para alunos hipertensos, como trabalhar a velocidade em terrenos planos. Uma maneira de diminuir a sua pressão é trabalhando a velocidade em terrenos plano.

5. Cérebro: aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que regula o sono e o apetite. Em baixas quantidades, essa substância está associada ao surgimento de problemas como a depressão. 

6. Peso: quanto maior a intensidade do exercício maior a queima calórica e de gordura. A corrida ajuda a gastar muitas calorias, favorecendo a perda ou manutenção do seu peso. Em uma hora de treino, um atleta chega a queimar até 950 calorias. 

7. Colesterol: diminui os níveis de LDL (colesterol "ruim"). Corredores de longas distâncias têm o nível mais alto de HDL (colesterol bom ), encarregado de transportar os ácidos graxos no sangue e de evitar o seu depósito nas artérias.

8. Estresse: com a corrida, há liberação do hormônio cortisol, aliviando o estresse e a ansiedade. 

9. Sono: fazer atividade física, melhora a qualidade de sono. Correr faz a pessoa dormir melhor. Após o exercício, o corpo libera endorfina, substância que provoca a sensação de bem-estar e ajuda a relaxar. 

10. Músculos: a corrida ajuda a melhorar a resistência muscular e também queima a gordura dos tecidos musculares, deixando-os mais fortes e definidos. 

11. Rins: com o aumento da circulação, há também uma melhora da função dos rins, que filtram o sangue e reduzem o número de substâncias tóxicas que circulam pelo corpo. 

12. Articulações: correr torna a cartilagem das articulações mais espessa, o que protege melhor essas regiões tão frágeis do nosso corpo. 

13. Aumenta a libido: após 30 minutos de corrida, há um aumento da testosterona que permanece assim, por mais uma hora aproximadamente. No caso das mulheres, também há um aumento dos hormônios relacionados ao desejo, além de aumentar a auto-confiança.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Correr ou Hipertrofiar?



           Nos últimos tempos tenho adquirido uma satisfação que confesso ser inexplicável em relação ao correr, principalmente pelo fato de estar nas ruas, que já de início não são da minha cidade natal, praticamente cada percurso demanda meia horinha de google maps, sem contar os visuais e as geografias inusitadas, é demais!

            Comecei dando umas troteadas no Parque Ramiro Ruedguiger, aos domingos, nada pra fazer, somente pra dar umas curtidas, depois fui me enjoando de pedalar na bike da academia e aos poucos migrando para a tal da esteira, troteando mesmo, aos poucos 8 km por hora e depois aumentando, tudo na vida é assim, não dá pra recuperar tempo perdido, tem que fazer o que se pode hoje e ir evoluindo.

            Acho que devo contar essa breve historieta: “Certa manhã, na academia fazendo hipertrofia de braços com a minha queria teatcher Talita Moretti fui confundida pelo professor Jean Paulo como alguém que estava treinado pra correr, afinal tinha como propósito me convidar para participar da corrida Blumenau10k, quando a Teatcher falou, “não ela está treinando para hipertrofia” e ele retrucou: “mas ela pode correr?disse a teatcher: “pode”!.

            Bom, dai por diante não larguei a esteira, aquecimentos doidos em velocidade, acho que uma barulheira de pisões, mas aos poucos fui recebendo umas dicas e eu mesma pesquisando maneira de dar as tais passadas, velocidades, resistência, etc.

            Participei da 10k como já comentei por aqui (indico a leitura), de boa, objetivo era dar conta de 5 km em menos de 30 min, fui de boa, curtindo o meu som e a cidade passava aos mus olhos de outra maneira, até o ponto de ligar o automática e apenas ir ir ir, no final com uma ajudinha da adrenalina, ok 28, 45, 24º na categoria, ótimo, queria só completar.
            Mas sabe, esses números, colocações e etc são importantes, claro, mas os sentires da corrida, as emoções intrínsecas, a auto-percepção corporal, os giros de pensamentos inconscientes, sei lá, é indescritível, mesmo.

            Depois da 10k passei a correr, mas pela cidade, já que o parque já não me agradava mais, muita gente, volta em círculos, queria deixar-me levar pelas energias blumenauenses e lá se foram algumas ruas já.

            Agora, como da outra vez estou super ansiosa porque me meti a correr 10 km na meia maratona de Florianópolis que será realizada no domingo próximo (17-06) com largada prevista para as 07:30 e cá estou as 06:00 da manhã já alimentada e aguardando o último treino de algo que tenho como objetivo novamente completar a prova, que certeza vai ser punk.

            Mas lá no início tinha uma perguntinha: Hipertrofiar ou Correr? Essa foi a pergunta que a minha nutricionista me fez ontem, confesso ter ficado calada por alguns segundos, afinal são duas coisas que gosto muito de fazer, contudo são práticas quase que opostas, não posso pesar muito pra correr, preciso treinar articulações, fazer treinamento funcional... Aiiiii e agora? A nutricionista por sua ética não podia responder por mim, mas disse uma frase que obviamente fui pontual: “A sua expressão está muito mais alegre que da consulta anterior”, EU QUERO CORRER respondi rapidamente.

            E lá vou pra outro desafio em minha vida, largar as tais caixinhas pretas que essa pessoa usa pra dormir e acordar e deixar a minha carinha mais alegre pra mim e para aqueles que admiro e amo e com certeza correm comigo.

            Daqui a pouquinho estou indo para o último treino da corrida de domingo, mas sempre acordo com vontade de escrever, falar sobre essa vida que aos poucos vai se revelando só preciso de um empurrãozinho.

            Ah, nem pensem que estou objetivando ser corredora, o que eu quero é o meu sono ao natural novamente e ainda com as adaptações de treino da minha teatcher Moretti vou poder deixar as minhas perninhas durinhas, estética também é legal né.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Concentre-se no Movimento!



       Concentre-se no movimento, esta é uma das grandes charadas de um bom exercício físico, tipo contrair os músculos em trabalho, completar a amplitude do exercício, etc, mas tem dias que mesmo sabendo fazer o exercício de olhos fechados, nada disso rola. 

                A mente gira ao ponto de te fazer enjoar (literalmente) a cada série, você perde a conta dos movimentos, o treino é rápido ou muito longo, você  repete ou não faz exercícios, enfim, tudo isso porque sim, tem dias que os estímulos do interior da academia não dão conta do cotidiano.

                Meu treino ontem foi assim, demorei 1:45’ para completa-lo, soquei a esteira como se tivesse descontando todas as energias tensas do meu dia (coisa feia, eu sei), cheguei a 14 km por hora na esteira (nunca tinha feito isso), repeti zilhões de vezes os movimentos (de que jeito não sei, mas enfim).

                Cheguei em casa e fiquei pensando: Devia mesmo ter ido à academia? A título de liberar minha tensão e ansiedade sem dúvida fiz a escolha correta, contudo não respeitei meu corpo que estressava-se com a tensão colocada em cada movimento, resultado? Exaustão, estou deliberadamente cansada, pra ver que a prática física exige concentração, disciplina e muito respeito com o próprio corpo.

                Mas para quem tem o exercício como válvula de escape (como eu) é preciso cuidar, concentrar-se e na medida do quase impossível, deixar os giros subjetivos na porta de entrada da academia.

                Mas a uma conclusão boa cheguei, treino em um local onde as pessoas são bastante atenciosas e algumas vezes ouvi frases vai devagar, está tudo bem? Acho isso fundamental, tratar as pessoas como sujeitos que estão ali mas que trazem consigo histórias que fazem as coisas renderem demais ou de menos ou de nada.