terça-feira, 19 de junho de 2012

Meia de Floripa



Costumo postar diariamente por aqui, mas dessa vez demorei a sentir as primeiras palavras do que foi participar dos 10 Km da Meia Maratona de Floripa, possivelmente esta demora de deve aos aprendizados incomensuráveis que tive com esta prova.

A meia foi a minha segunda prova, até então somente curtia uma esteira pós treino de hipertrofia e umas corridinhas de leve pelo parque ou pela cidade de Blumenau – SC nos finais de semana, mas após os 5 km da Blu 10 Km realizados na cidade de Blumenau me bateu uma vontade sem igual de repetir a sensação de passar pela cidade, ver as paisagens, deixar-se levar pela força do corpo, bah, não acreditava mas dei conta em um tempinho de iniciante mesmo, fiz o percurso em 28 min, mas isso pouco me importava, o que sentia era uma emoção advinda da torcidas, dos abraços de parabéns, da sensação de sentir o corpo como um todo, dos sentires inconscientes, enfim indescritível a única coisa que eu sabia era de que queria mais.

Pós 5 Km em Blumenau passei a pesquisar técnicas, artigos da área, agenda de corridas e logo me deparei com a meia de floripa, putz tinha o trajeto de 5 km eu já sabia que por condicionamento poderia participar, mas ao chegar na academia logo fui alertada “não 5 km não valem a pena, não passam pela ponte, tem que curtir o visual” pensei: “Ai jesus 10 km será que dou conta de condicionar em uma semana?” Fiquei me enrolando até que por incentivo de uma colega da academia e dos próprios professores me debandei a inscrever-me e treinar pelas ruas da cidade.

Em uma semana fiz um treino de 5 km na esteira, depois fui para 12 com inclinações e no penúltimo dia (quinta-feira) fiz 10 km com percurso oscilatório todos os longos levando em média uma 1:10, não estava satisfeita, estava satisfeita porque pelos treinos sabia que poderia dar conta dos 10 km embora correr em outra cidade, hospedar-se em outra casa, mudar alguns hábitos tragam algumas adaptações difíceis para uma iniciante como eu, fiz algumas manhas mas segui as orientações da nutricionista e da minha treinadora, dormir cedo, acordar cedo, alimentar-se bem e preocupar-se apenas comigo e com o visual que o continente propiciava.

Mesmo com todos esses preparos, damos uma atrasada pela manhã, todos foram correndo para aquecer e não perder a largada, fiquei bem para trás, ainda não sentia que me corpo queria correr e-ou aquecer, precisava apenas trotear e ir me sentindo, projetando-me correr.

Ao chegarmos no ponto de largada me perdi dos meus colegas de 10 km, tentei procura-los mas me lembrei de uma frase da minha treinadora “pega, coloca os teus fones, vai na tua e pegando o teu ritmo” eram seis mil pessoal e deu tempo para isso tudo, lá no 3 km já estava a correr, começando a sentir-se dando os tais pisões em floripa, pelos 5 km bah curti a paisagem e até fiz pose para fotinhos, mas ainda procurava os meus colegas, não achava, senti que isso me desconcentrava e então deixe-me levar pelo visual e o som que não pode faltar para embalar as passadas, “acho que não saio do lugar sem música”.
Pelo 7 km senti uma dorzinha no basso, dei uma controlada na respiração, fiquei com medo, mas de boa, consegui relaxar, suplementar e cada vez mais o piloto automático ia e apenas sentia emoções indescritíveis, mas que posso garantir inesquecíveis.

Poxa, não via os meus colegas, mas de repente escutei bora falta 1,5 km, soquei, passei pelos meus colegas que já corriam em ritmo menor devido a uma lesão na minha colega e com uma alegria sem tamanho superei meu tempo para 56 min em uma segunda prova e com o dobro de percurso, sensação sem igual, me contorcia a vibrar na chegada, gritava, queria apenas completar, mas curti o tempo que fiz, o visual, só não o bendito tênis que desamarrou na ponte, rs

Esses foram os 10 km da Meia de Floripa, muito aprendizado, adaptações ao lugar, a hospedagem, ao trajeto, volume de prova, enfim, floripa foi superar-se daqueles, e espero que venha outros.

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